Quanto custa uma liderança despreparada?

Quando houve a substituição de um executivo sênior da Byte Dance – empresa chinesa que controla o Tik Tok – reacendeu uma discussão altamente necessária: a liderança despreparada em relação ao acolhimento da parentalidade no universo corporativo.

O fato repercutiu em junho/2022 nos meios de comunicação, mas o assunto se estende até hoje. Depois que Joshua Ma, funcionário do alto escalão da empresa, no Reino Unido, foi afastado ao afirmar que “não acreditava” em licença-maternidade.

O comentário ocorreu durante um jantar com membros da equipe do TikTok, segundo uma reportagem divulgada pelo Financial Times no dia 8 de Junho.

No caso do afastamento do executivo do Tik Tok, que se negou a “acreditar na licença-maternidade” – a falta de empatia demonstrada por um líder de uma organização gerou prejuízos incalculáveis para a empresa.

A pandemia colocou a pauta da família dentro das empresas. Já está provado que acolher a parentalidade contribui para uma gestão mais humanizada que fomenta ambientes psicologicamente seguros – mais propícios à inovação, e com isso, melhores resultados de negócio.

Uma liderança despreparada acaba sendo muito mais onerosa do que se pode imaginar. E vai além da desmotivação das pessoas e até mesmo da saída de parte das equipes. O valor que se perde – no caso a imagem da marca – é imensurável.

Por isso, é importante, cada vez mais, que as empresas se atentem para a formação de uma liderança que reconheça que o cuidado e a empatia são fundamentais nas  relações. Esta é uma das principais missões da consultoria Maternidade nas Empresas (MNE): criar ambientes acolhedores às figuras parentais e a todo o time.

Letramento para evitar uma liderança despreparada.

Entre uma de nossas soluções, na consultoria Maternidade nas Empresas, está o “Letramento da Liderança” que ensina como acolher a parentalidade no universo corporativo. 

Neste letramento, exploramos dicas práticas de acolhimento das figuras parentais do time, que vão da notícia da gestação / adoção até o retorno ao trabalho após as licenças parentais. Tudo isso para fomentar uma gestão mais empática e inclusiva, reforçando a construção de uma nova realidade, muito mais plural, equilibrada e equânime. Ganham as pessoas, ganham as empresas.

Gostou do letramento e tem interesse em levá-lo para a sua empresa? Bora marcar um papo ao vivo! Escolha o melhor horário pra você, clicando aqui.

O debate sobre lideranças feministas fala de diversidade?

No dia 15 de Junho de 2022 aconteceu a 2a. Edição do Women on Top, o maior encontro de mulheres CEOs e da alta liderança feminina da América Latina. Idealizado e organizado pelas jornalistas Ana Paula Padrão e Lia Rizzo e pelo publicitário Cristiano Diniz.

No evento, foi apresentado um painel que merece ser destacado aqui, como uma forma de relembrar!

Trata-se do painel: Quão plural é essa liderança feminina da qual tanto falamos? 

Com a mediação da Carolina Ignarra – CEO e Fundadora Talento Incluir e participações de: Daniela Sagaz – Head de Diversidade, Equidade e Inclusão – Mondelēz, Daniele Botaro – Head de Diversidade & Inclusão da Oracle Latam, Gabriela Augusto – Dir. e Fundadora Transcendemos Consultoria e Lisiane Lemos – Gerente de Programas de Recrutamento de Diversidade, Equidade e Inclusão – América Latina do Google, este painel provocou a reflexão do que cada pessoa pode fazer para ser um aliado ou aliada (agente de transformação!) em relação aos grupos minorizados. Olha só as feras aí embaixo:

O papo foi ótimo! Super recomendamos assisti-lo na íntegra e conhecer um pouco mais dessas mulheres mega inspiradoras. Também separamos algumas dicas presentes no vídeo para facilitar o acesso à informação.

10 dicas valiosas para evitar uma liderança despreparada…

e para quem deseja ser uma pessoa aliada da diversidade e inclusão.


Dica 1: Desenvolva consciência sobre seus próprios vieses, preconceitos. Reflita sobre seus comportamentos, o que pensa, fala e faz. Olhe pra dentro e se pergunte: por que isso me incomoda? A partir dessa consciência, é preciso agir para sermos a mudança que queremos no mundo.


Dica 2: Compartilhe o que você aprende e acha legal: divulgue, reposte! Não basta somente aplaudir, é preciso multiplicar. Viu um post bacana que te ensinou algo a respeito da inclusão? Que tal repostar no seu feed e multiplicar os aprendizados?

Dica 3: Na jornada de um aliado ou aliada, é preciso muita humildade para reconhecer um erro ou uma escorregada (quem nunca?). Estamos num momento de reaprender, revisitar e desconstruir as crenças limitantes. É um exercício diário.


Dica 4: É preciso se posicionar. Não dá mais para se calar frente a falas, comportamentos que excluem as pessoas. Você pode dar um toque educado para uma pessoa que, por desconhecimento, disse algo errado. Se ouvir colegas dizendo a expressão “pessoas portadoras de deficiência”, você pode indicar com jeitinho que o correto a se dizer é “pessoas com deficiência”, por exemplo. Você também pode explicar ao seu time porque aquela piadinha machista não é mais tolerável. Tenha coragem!


Dica 5: Entenda que a pessoa aliada não necessariamente precisa estar no lugar de representatividade. Todas as pessoas têm lugar de fala.


Dica 6: Busque conhecimento de maneira ativa, não espere que as pessoas nos ensinem. Não precisamos achar que todas as pessoas negras são um “manual anti racista ambulante”. Atualmente é muito fácil descobrir referências no youtube e redes sociais e se atualizar.


Dica 7: Esteja presente nas reuniões de ERGs, não basta ser o “sponsor”, reserve um tempo na agenda para realmente participar das reuniões e ouvir, sendo assim um verdadeiro aliado ou aliada.


Dica 8: Tenha uma área de Diversidade & Inclusão na sua empresa e determine uma linha orçamentária para execução de ações durante todo ano.


Dica 9: É preciso conviver com pessoas diversas: é na convivência que a gente desperta o mais importante quando se fala em inclusão: A EMPATIA.

Dica 10: Uma pessoa aliada é aquela que tem trabalho, tem que colocar a mão na massa, tem que ter AÇÃO. “Não existe almoço grátis!”


Este texto foi escrito por:
Luciana Cattony
TEDx Speaker, Sócia Fundadora da consultoria Maternidade nas Empresas e Mestra em Design Estratégico.

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Sobre a Maternidade nas Empresas

Desde 2017, atuamos nas empresas para fortalecer a equidade de gênero pela valorização da parentalidade no universo corporativo. Para aumentar a representatividade feminina, em especial nos cargos de liderança, é preciso criar políticas efetivas de apoio às mães.

Pelo acolhimento de mães, pais e figuras parentais no universo corporativo, aumentamos o engajamento e a produtividade, contribuímos para criação de um ambiente psicologicamente seguro, em que todas as pessoas se sintam pertencentes, o que favorece a inovação.

Contribuímos para um olhar mais humanizado da liderança, aumentando a percepção de bem-estar da sua comunidade (interna e externa), contribuindo para uma sociedade mais justa, ética e sustentável. Oferecemos soluções com domínio de metodologias e ferramentas, pesquisa constante e uma boa dose de cuidado e criatividade.

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